Um justo prémio para o notável Ilha dos Mistérios
Foi um dos primeiros os produtos a ser alvo de menção no
SABORES AÇORES e volta a sê-lo – de justiça inteira- para referenciar a
atribuição do Prémio Intermarché 2020, na categoria Produtos Transformados, ao
notabilíssimo Ilha dos Mistérios, queijo que nos chega da Cooperativa Leite
Montanha, do Pico. Pelo que aqui já se escreveu, no dia 18 de setembro deste
longuíssimo ano, uma distinção muito merecida para um grande queijo.
Repetimos o adjetivo que foi empregue na altura para o Ilha
dos Mistérios: M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!
Parabéns à Cooperativa Leite Montanha e ao seu presidente
Jorge Pereira, pela constante procura da inovação e da excelência! E, já agora,
às belas e ditosas vaquinhas picarotas… Que venham mais mistérios, tão bons
como este.
Deixamos aqui (num escandaloso copypaste…) os fundamentos da atribuição deste Prémio Intermarché (que também merece uma palavra de elogio pela sua renovada vontade, mesmo neste 2020 de má memória de apoiar os produtores nacionais e a sua capacidade inovarem e reinventarem):
O projeto: um queijo diferenciado pela coloração
branca, cremosidade e sabor único e intenso, com ligação à Ilha do Pico e à sua
história. O formato é típico do queijo do pico – redondo com cerca de 3 a 5 cm
de altura, entre 14 a 16 cm de diâmetro e com um peso entre 700 a 850 gramas.
A embalagem conserva e acondiciona o queijo, permitindo-o respirar, e promove a
ilha e a história, a identidade e origem do queijo. Desvenda ainda os quatro
mistérios existentes no Pico, ganhando o consumidor curiosidade de visitar a
ilha.
Inovação: uma embalagem em cartão, que mantém o formato do queijo e evita produto em vácuo. Foi criado um logótipo para o conceito “ilha dos mistérios“, inovador e moderno, para uma imagem atraente, direcionando-se para um mercado mais jovem e desconhecedor dos produtos Leite Montanha. Um produto excelente e diferente apresentado de uma forma inovadora. A Cooperativa Leite Montanha trabalhou neste projeto com artistas açorianos e com uma entidade local.
Sustentabilidade – Social e Económica: foco na sustentabilidade familiar
dos produtores e melhoria das condições dos seus funcionários – atualmente, 31
produtores recebem um dos preços por litro de leite mais baixos de Portugal.
Com este projeto, conseguem triplicar o preço de venda médio do produto em
causa, quando comparado com os preços médios de outros produtos da cooperativa.
Um projeto muito importante num contexto de uma ilha com apenas 15 mil
habitantes com poucas oportunidades de emprego, assumindo o setor agrícola um
papel de relevo no contexto económico da ilha. Produzem cerca de 450kg de
queijo por mês, mas existem condições para quadruplicar a produção.
Sustentabilidade – Ambiental: embalagem reciclável que permite a
conservação do produto sem recurso a plástico. Quanto à matéria prima, o leite
é proveniente de vacas que pastoreiam 365 dias no ano, que se encontram em
regime extensivo ocupando os pastos em torno do cone vulcânico da ilha do Pico,
num perfeito equilíbrio entre a natureza e a quantidade de animais. Este regime
de produção permite um equilíbrio entre a libertação de metano e absorção de
carbono.
Origem: o formato do Queijo do Pico DOP, uma aparência que se distinguisse
do demais, uma textura cremosa, um sabor e aroma marcados, são os pontos
distintivos. Juntam o saber empírico dos colaboradores, habituados a trabalhar
queijos neste formato, e um toque inovador, alterando e adicionando alguns
componentes, resultando num queijo do Pico com um novo sabor e uma nova
apresentação de um queijo.
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